Há dentro da psicologia, algumas vertentes que diferem suas compreensões acerca do sintoma. A visão psicossomática do sintoma, por exemplo, propõe que o ser humano deve ser compreendido de forma integral. Isso quer dizer, compreender o ser como um todo, sem separar o corpo e a mente.
A palavra psicossomática pode ser empregada a sintomas físicos, emocionais, mentais, relacionais, comportamentais, sociais ou familiares. Esta visão sustenta que alguns sintomas tem origem psicológica e a única forma de tratamento seria através da psicoterapia com um psicólogo.
Contudo, também existe a visão de que todos os sintomas são somáticos ou originados na psique. Isso não descarta a grande importância de procurar um médico para tratar as doenças e sintomas físicos, mas ressalta a necessidade de ampliar a consciência sobre as mensagens que seu corpo deseja lhe comunicar, a busca pela compreensão do que é necessário aprender com as enfermidades.
Existe a crença de que a doença indica que o indivíduo deixou de estar em ordem ou em harmonia ao nível da sua consciência e essa perda de equilíbrio manifesta-se por sintomas que, por sua vez, acusam que há uma falha.
É comum para algumas pessoas sustentar o conceito linear de causalidade ou causa-efeito, buscando uma única causa para seus sintomas e doenças. Nessa linha de pensamento pode ser mais adequado acreditar que existe uma cura. Em contradição, no pensamento sistêmico, não existe uma única causa, existem todas as causas possíveis e imagináveis.
Acontece que o tempo é um fenômeno da nossa consciência que projetamos para o exterior e quando há o entendimento de que o tempo e a linearidade não existem fora da nossa mente, o esquema filosófico da causalidade absoluta é derrubado.
Pensando em uma perspectiva teleológica, cada sintoma está imbuído de um proposito ou finalidade. Isso nos leva a questionar o “para que?” de uma dada manifestação psíquica para compreender a função ou proposito.
O sintoma na perspectiva Relacional Sistêmica não é algo que precisa ser removido, mas pode ser utilizado como uma pista para identificar as aprendizagens e mudanças necessárias para aquele sistema, identificar de que forma aquele sistema precisa ser reorganizado.
Ainda na Terapia Relacional Sistêmica, um sintoma em algum membro da família representa que a família em si está disfuncional. Ou seja, que toda a família precisa realizar aprendizagens e mudanças necessárias para retornar a sua equilibração.
No entanto, é comum que os familiares atribuam os problemas somente ao indivíduo que está apresentando sintoma e esperam que a psicoterapia atue mudando este indivíduo. Contudo, as disfuncionalidades se referem à família como um todo e não somente a uma parte, somente a um individuo. Portanto, não há como mudar o sintoma sem realizar mudanças no próprio sistema familiar.
Diagnósticos e sintomas:
Desenvolvimento Pessoal – busca por aperfeiçoamento/ aprimoramento
Controle da Ansiedade
Controle de Humor
Controle de Estresse
Controle de Agressividade
Problemas emocionais
Dificuldades relacionais
Conflitos familiares
Dificuldades conjugais
Dificuldades de adaptação - mudanças de vida, ciclo de vida, relacional, social
Luto
Orientação profissional
Problemas profissionais ou vocacionais
Busca por mudança de profissão ou carreira
Disfunções sexuais
Questões voltadas à identidade sexual
Fobias
Dependência química – Alcoolismo, Drogadição, Tabagismo
Suporte para família do dependente
Dependência de Tecnologia
Transtornos Alimentares – Anorexia, Bulimia, Obesidade
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Transtorno de Pânico
Transtornos de Ansiedade
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
Transtorno Depressivo
Transtorno Bipolar
Transtorno de Humor
Déficit de Atenção
Transtorno de Atenção e Hiperatividade